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How to customize formatting for each rich text
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Semana passada, coloquei um documentário sobre vida selvagem para meu filho de quatro anos assistir. Passou uma daquelas cenas impressionantes da natureza – um pássaro mergulhando na água em câmera lenta para pegar um peixe. Ele virou para mim e perguntou: "Pai, isso é de verdade ou o computador que fez?".
Parei por um segundo. Meu filho, nem começou a ler e já questiona se o que vê na tela é real ou artificial.
E o mais interessante? Ele tem seus motivos. Já viu o ChatGPT responder suas perguntas sobre dinossauros. Pediu para o Gemini criar um livro ilustrado. Coloriu desenhos que uma inteligência artificial (IA) criou especialmente para ele. No mundo dele, é perfeitamente normal conversar com uma inteligência artificial e pedir para ela criar coisas do nada.
Navegue pelo conteúdo
- Realidade híbrida
- Quando a IA substitui uma produção inteira
- O papel do design e da tecnologia no futuro
- Conclusão

Trabalho com design há quase 20 anos e nunca vi mudanças tão rápidas quanto as dos últimos três anos. Há algum tempo a IA ainda era coisa de filme de ficção científica para a maioria das pessoas e hoje faz parte do meu dia a dia tanto quanto o Figma ou qualquer outra ferramenta de design.
Uso IA para organizar insights de pesquisas, testar hipóteses com usuários, gerar conceitos visuais, até mesmo para me ajudar a estruturar dinâmicas. É como ter um assistente extremamente competente disponível 24/7, que nunca se cansa e aprende em uma velocidade absurda.
Vou trazer um caso de uso simples, para mostrar o tamanho da transformação que estamos vivendo. Em um trabalho recente da Caiena para a Fundação Itaú, o desafio era criar imagens muito específicas para um projeto envolvendo ferramentas de gestão pública. Aqui encontramos um desafio: bancos de imagem simplesmente não nos atendiam.
Já tentou achar uma foto de uma sala de aula brasileira de escola pública em um banco de imagens global? Você vai encontrar milhares de fotos de salas norte-americanas, com aqueles corredores com armários de metal coloridos, que nada tem a ver com nossa realidade.
O mesmo vale para as pessoas. Os bancos de imagem são dominados por rostos e contextos de outros países, que não representam a nossa população. Quando você precisa mostrar estudantes brasileiros reais, com nossa diversidade, nosso jeito de se vestir, fica praticamente impossível.
A alternativa tradicional seria montar uma produção: encontrar locações autênticas, contatar pessoas com o perfil exato, montar equipe de fotografia, torcer para o tempo colaborar... Vocês conhecem o drama.
Em vez disso, optamos por criar imagens usando um fluxo com ferramentas de IA.
Enquanto uma IA ajudou no desenvolvimento da parte técnica dos prompts, a outra gerou a primeira versão das imagens. Usamos outra para fazer ajustes na cena e, por fim, a última aumentou a resolução e qualidade nos detalhes da imagem, melhorando texturas e sombras.
Os prompts gerados mais parecem roteiros cinematográficos. Descrevemos não só a cena, os personagens e o posicionamento deles, mas especificamos cada detalhe, como o tom de pele, o cabelo, a camiseta do uniforme, mais semelhantes à realidade brasileira. Especificamos ângulos de câmera, tipo de iluminação (luz natural da golden hour vinda da esquerda, com sombras suaves), qual lente simular (uma 85mm f/1.4), e até referenciamos o estilo fotográfico de profissionais específicos.
O resultado? Imagens que muita gente jurava serem fotografias reais, produzidas em horas e não meses, e por uma fração do custo. E o mais importante, com a possibilidade de ajustar qualquer detalhe instantaneamente. "Será que funcionaria melhor se a jovem estivesse sorrindo mais?", e dois minutos depois, tínhamos a resposta.



No contexto que expus, sabíamos que uma produção própria, à mão, de imagens no padrão que precisávamos não era uma opção. Dessa forma, nossa escolha era entre bancos de imagens tradicionais e ferramentas de inteligência artificial. Ou seja, não optamos pela IA só porque era a alternativa mais conveniente. Essa opção também nos permitia focar no objetivo global do projeto – impacto social e difusão de conteúdo educacional –, sem abrir mão do padrão de qualidade necessário.
Conforme as ferramentas de criação se diversificam, há mais do que economia de recursos. Organizações de todos os portes, projetos sociais e iniciativas educacionais passam a ter acesso ao que antes era privilégio de poucas empresas.
Como designers e profissionais de tecnologia, temos a responsabilidade de pensar não só no que é possível criar, mas no que devemos criar; não só em como usar tecnicamente essas ferramentas, mas em como aplicá-las de forma ética e consciente.
Meu filho ainda está aprendendo a diferença entre real e imaginário, o que é normal para a idade dele. Daqui uma década, quando ele tiver 14 anos, como será o mundo? Talvez ele seja parte da última geração que vai fazer essa distinção de forma tão clara.
Para nós, que estamos construindo esse futuro linha por linha de código, pixel por pixel, prompt por prompt, ficam algumas questões para refletirmos:
- Como preparamos essa geração para discernir qualidade de informação quando tudo pode ser gerado artificialmente?
- Que habilidades serão realmente importantes quando qualquer criação estiver a um prompt de distância?
- Como garantimos que essa tecnologia incrível não aumente ainda mais as desigualdades?
Quando olho para projetos da Caiena, que envolvem transformação digital e impacto social, vejo não apenas oportunidades tecnológicas, mas a chance de garantir que esse futuro seja mais inclusivo, mais acessível, mais humano, mesmo com muita inteligência artificial envolvida.
Afinal, se uma criança de quatro anos já navega naturalmente entre esses dois mundos, imagine o que sua geração será capaz de criar quando tiver as ferramentas certas e a orientação adequada.
O futuro não está chegando. Ele já está aqui, fazendo perguntas curiosas no sofá de casa, enquanto assiste um documentário sobre pássaros.
E vocês? Como estão se preparando para esse futuro?
* Por Daniel Lucas, especialista em design estratégico da Caiena.
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