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Tecnologia e ancestralidade para apoiar a Consciência Negra

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Pensar em tecnologia e ancestralidade nos leva a diversos caminhos. São referências que podem se relacionar com inovações desenvolvidas por outras gerações que impactaram nosso modo de viver e agir, como também a forma como resgatamos o passado por meio de soluções atuais. 

A única certeza é que o passar do tempo tem muito a ensinar, tanto no presente, quanto no futuro. Muitas vezes, essa história ancestral fica oculta, por nem sempre estar associada à boas lembranças. Porém, suas influências ainda estão presentes em nosso dia a dia, até de forma inconsciente. 

Neste Dia da Consciência Negra, o Blog da Caiena traz reflexões sobre tecnologias que ajudam a resgatar a ancestralidade. Os exemplos apresentam informações que apoiam a luta contra o preconceito racial e as desigualdades que surgiram em consequência desse passado.

Refletir e expandir as discussões sobre essa temática é fundamental para que os erros que antecederam nossos tempos não se repitam, e para que seja possível construir uma sociedade cada vez mais igualitária e respeitosa em suas diferenças.

Navegue pelo conteúdo:

Entendendo o Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra representa um marco na história brasileira: o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Foi ele quem liderou o quilombo de mesmo nome, o maior refúgio de negros da América Latina, no estado de Alagoas. O espaço chegou a ser habitado por cerca de 20 mil pessoas, a maioria escravos que fugiram de engenhos.

Hoje, apesar de aproximadamente 56% da população brasileira se declarar negra (45,3% pardos e 10,6% pretos), o preconceito racial ainda é presente na sociedade. Uma pesquisa do Ministério da Igualdade Racial identificou que a cada 100 brasileiros pretos, 84 afirmaram que sofreram discriminação.

A herança desigual dessa população também impacta o contexto da tecnologia e educação e aparece de forma velada nas estatísticas. A pesquisa “Tecnologia e Desigualdades Raciais no Brasil”, por exemplo, identificou que 57% dos alunos brancos têm acesso à tecnologia nas escolas, uma diferença de 8% dos alunos pretos, que representam 49%. Essa desigualdade pode chegar a uma diferença de 24% quando comparados alunos das redes privadas da região Sul (64%) com os estudantes pretos da rede pública do Nordeste (40%).

Portanto, o Dia da Consciência Negra é uma importante ocasião para incentivar mudanças sociais que promovam reparação histórica e respeito entre as diferenças, superando preconceitos e barreiras de viés inconsciente.

Presente Histórico

Um exemplo de como a tecnologia tem sido usada no resgate da ancestralidade é o projeto “Presente Histórico”, da pesquisadora Talita Azevedo. No mês de outubro, ela apresentou ao time da Caiena a palestra online “Tecnologia, Inteligência Regional e Memória”, que concluiu o calendário de atividades do Comitê de Diversidade em 2025 e trouxe informações sobre essa iniciativa e outras que apoiam a causa.

No encontro, Talita abordou fatos de sua carreira, como a migração do mercado de publicidade para tecnologia e estudos antropológicos, e falou da criação do seu projeto “Presente Histórico”, um banco de dados que reúne as experiências baseadas em suas viagens ao decorrer de um ano pela costa brasileira, do Rio de Janeiro (RJ) a Salvador (BA). Por ele, a pesquisadora compartilha informações que fomentam o senso de pertencimento histórico-brasileiro, utilizando recursos criativo-tecnológicos.

Projeto Presente Histórico | Reprodução

O mapeamento traz dados de 13 localidades exploradas na criação deste acervo para resgate da memória. Disponibilizado gratuitamente, o “Presente Histórico” tem como objetivo debater a inteligência regional, protagonismo, tecnologia e a narrativa histórico-brasileira. O projeto também foi adaptado para um livro.

"Inicialmente, eu fiz um mapa no Google Earth, mas tinha uns atravessamentos, como a necessidade de fazer login, fazer uma conta no Google para acessar... E aí essa construção veio através do OpenSearch Map. Então, o mapa também discute muito sobre o uso de dados em uma lógica de ciência aberta. É um trabalho que também possibilita discutir sobre soberania digital e o contexto regional, sobre o que cada lugar poderia trazer, moldar comportamentos, na forma como a gente interage com a tecnologia, como a gente interage com antropologia, e como esses recursos podem contextualizar a nossa identidade como um todo".

Talita Azevedo, pesquisadora, na palestra “Tecnologia, Inteligência Regional e Memória”.

Cadernos do Professor no Espaço do Educador

Outro exemplo de como a tecnologia apoia o resgate da ancestralidade são os conteúdos de Cadernos do Educador, disponíveis no Espaço do Educador da Enciclopédia Itaú Cultural. Esse recurso foi reformulado recentemente com apoio da equipe da Caiena, e os bastidores desse projeto estão aqui.

Agora, o público terá mais facilidade para acessar conteúdos com mais ferramentas, especialmente para pesquisar os que são mais adequados para suas demandas educacionais, incluindo os relacionados ao resgate da ancestralidade. Confira alguns deles:

Inteligência artificial e disparidade racial

No artigo "O Impacto da Inteligência Artificial Generativa nas Comunidades Negras" (tradução livre), a consultoria McKinsey apresenta dados baseados na realidade da comunidade negra norte-americana que despertam a atenção sobre as IAs – e também nos motivam a pensar sobre seu uso por aqui. Os estudos apontam que, até 2045, a distribuição desigual da nova riqueza gerada pela inteligência artificial generativa poderá aumentar a diferença de renda entre famílias negras e brancas dos Estados Unidos em US$43 bilhões por ano.

Mas também existe a possibilidade de as IAs serem aplicadas à favor da inclusão e equidade social. A consultoria ressalta que os líderes e organizações que implementam IA generativa em seus processos devem garantir que ela seja usada em contextos que contribuam com a tomada de decisões confiável e justa, evitando situações que exijam compreensão de nuances culturais, históricas ou sociais.

Além disso, devem ser estabelecidos parâmetros para que seu uso garanta que as pessoas e comunidades minoritárias tenham um papel ativo em sua aplicação. Portanto, as IAs devem ser treinadas com conjuntos de dados imparciais e representativos, livres de viés racial, étnico, de gênero ou outros.

Discriminação algorítmica

Antes da popularização da IA, a discussão sobre discriminação algorítmica já circulava pelas rodas de conversa sobre tecnologia e ancestralidade, e ela continua até hoje. Esse conceito se aplica às situações em que o algoritmo toma decisões excludentes em relação a um gênero ou a uma raça. 

Temos como exemplo casos de algoritmos de reconhecimento facial treinados a partir de bancos de dados enviesados, ou seja, que possuem pouca diversidade dentre as informações que disponibilizam. Como já explicamos aqui no Blog da Caiena, caso esse processo de aprendizagem do algoritmo tenha sido baseado apenas no rosto de pessoas brancas, o reconhecimento de todos os outros tipos pode ser prejudicado.

Este conteúdo faz parte das iniciativas do Comitê de Diversidade da Caiena. Desde 2017, realizamos ações voltadas à representatividade no setor de tecnologia e design, que possam impactar pessoas dentro e fora da empresa. Nosso objetivo é tornar a Caiena e a sociedade cada vez mais plural. Saiba mais sobre o Comitê de Diversidade na página 20 Anos de Histórias e no nosso site.

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