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Investimentos estrangeiros em Moçambique: a tecnologia aliada à economia

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A tomada de decisão de investidores, incluindo investimentos estrangeiros, é influenciada por diversos fatores. Afinal, ninguém gosta de perder, muito menos quando se tratam de valores na casa dos milhões. E essa insegurança ao investir em outros países tem impactado a economia de Moçambique. Por mais que o país africano esteja apresentando taxas de crescimento positivas nos últimos 20 anos, muitos negócios pensam duas vezes antes de aplicarem recursos por lá devido ao seu contexto social.

Porém, o país vem trabalhando para superar desafios e trazer segurança aos investidores. Uma das iniciativas tem sido o desenvolvimento de projetos de tecnologia. Acompanhe a leitura para entender melhor como a transformação digital de Moçambique vai impactar em benefícios ao cenário econômico e refletir na visibilidade do país para atração de recursos internacionais.

Navegue pelo conteúdo:

- Entenda o impacto dos investimentos estrangeiros em Moçambique

- Vulnerabilidades e desigualdade social

- Tecnologia e segurança para investimentos em Moçambique

Entenda o impacto dos investimentos estrangeiros em Moçambique

Moçambique ainda é um dos países mais pobres do mundo, como também um dos mais jovens, com somente 48 anos de independência. Da população de aproximadamente 29 milhões de pessoas (2017), 11,3 milhões delas vivem na pobreza. E o país ocupava a posição 180 no ranking de 189 países listados no relatório do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 2019.

Mesmo assim, o crescimento médio de Moçambique entre 2001 e 2015 foi superior a 8%, o que fez do país a economia não-petrolífera de mais rápido crescimento na África Subsaariana. Esse crescimento tem sido impulsionado por investimentos diretos estrangeiros que acontecem desde o pós-guerra. Entre os primeiros grandes feitos que impactaram a economia moçambicana por meio de investimentos de negócios internacionais estão o complexo de alumínio da Mozal pela empresa australiana BHP-Billion, o desenvolvimento de gás pela Sasol South Africa, da África do Sul; e o Areias Pesadas de Moma por meio da irlandesa Kenmare Resources. 

Em 2000, o país ganhou destaque ao se tornar um dos maiores receptores de fluxos de investimentos diretos estrangeiros na África. E desde 2002, Moçambique contabilizou 34 megaprojetos, no valor de cerca de 45 milhões de dólares em investimento, o que representava metade de todo o investimento direto estrangeiro no país, além de cerca de 70% das exportações de Moçambique. Outros recursos internacionais foram aplicados no desenvolvimento logístico na região portuária de Nacala, em mineração na província de Tete, como também na silvicultura e na indústria alimentar. 

O setor de serviços, desenvolvido a partir desses recursos internacionais, foi responsável pela geração da maior parte do crescimento de empregos na economia neste momento, possibilitando a criação de dois terços dos empregos criados na economia formal desde 2002. Aqui, destaca-se a expansão de serviços essenciais, como telecomunicações, imóveis e financeiros.

Para completar, outro projeto internacional de impacto são as reservas de gás na província de Cabo Delgado, que poderá tornar Moçambique o quarto maior exportador de gás natural do mundo. Isso pode gerar mais de US$ 50 bilhões em investimentos diretos – mais de três vezes o PIB (produto interno bruto) atual e receitas fiscais significativas até o final da década de 2020. Além disso, existe a possibilidade de criação de 30 mil empregos diretos na construção deste empreendimento. 

No entanto, o grau de escalada da situação de conflito em Cabo Delgado tem afetado o ritmo desses investimentos, com atrasos na implementação que devem continuar. As condições para que esses investimentos se concretizem plenamente no curto prazo são desafiadores. Em notícia publicada no veículo DW, o presidente moçambicano Filipe Nyusi afirmou que a petrolífera francesa Total, responsável pelo projeto, tem pressionado o governo para reiniciar suas atividades em meio ao atual cenário de insurgência na região.

Vulnerabilidades e desigualdade social

Este potencial de crescimento de Moçambique foi ainda mais dificultado pela sua vulnerabilidade econômica revelada nos últimos anos. A descoberta de US$1,3 bilhão em dívidas públicas anteriormente não divulgadas em 2016 abalou a confiança no país e teve consequências dramáticas no ambiente macroeconômico.

O crescimento de Moçambique não tem sido inclusivo, uma vez que grande parte da população ainda não tem acesso a estes ganhos. Neste cenário, as desigualdades aumentaram, pois os segmentos mais ricos da população ganharam com o crescimento econômico em um ritmo mais elevado, especialmente em áreas urbanas.Todavia, grande parte da economia ainda é dominada pelo setor agrícola, que responde por 25% do PIB e emprega cerca de 70% da população. 

Logo, grandes investimentos internacionais realizam ações para aumentar a participação local,  mas é necessária uma abordagem de desenvolvimento mais sustentável, com ações coordenadas entre o governo e o setor privado, que maximizem as oportunidades socioeconômicas para um amplo conjunto de pessoas interessadas, como as empresas nacionais, os trabalhadores e suas comunidades –  pois há riscos de se desenvolver uma economia não diversificada e não garantir uma economia inclusiva junto a este crescimento e à criação de empregos.

De modo geral, os investimentos em Moçambique enfrentam riscos políticos e de mercado. As atuais avaliações de oportunidades indicam que investimentos privados sólidos em setores como alimentação, abastecimento e restauração, agronegócio, serviços de construção, turismo (pré-COVID), outros serviços e manufatura leve, encontram falhas, bem como riscos de FCV (fragilidade, conflitos e violência), requisitos de qualidade e certificação e opções limitadas de financiamento, incluindo falta de financiamento de dívida de longo prazo e capital próprio. No entanto, estes recursos poderiam gerar benefícios sociais e econômicos significativos por meio da criação de empregos, aumento de habilidades, tecnologia e outras repercussões econômicas na economia local.

Tecnologia e segurança para investimentos em Moçambique

A tecnologia é uma forte aliada nessa missão de reposicionar Moçambique como um país seguro para receber investimentos estrangeiros. Isso porque a transformação digital agrega mais segurança aos processos, bem como agilidade e assertividade no acesso à informação.

E nós estamos alinhados com esta necessidade. Este ano, estamos aplicando a expertise da Caiena em tecnologia e design para apoiar o desenvolvimento de uma componente-chave do projeto “Economic Linkages for Diversification” (“Vínculos econômicos para diversificação”, em tradução livre), realizado junto ao Ministério da Economia e Finanças de Moçambique, com financiamento do Banco Mundial, com potencial de impacto na transformação digital do país africano e, principalmente, em seu desenvolvimento econômico.

Nosso papel está na consultoria para a SME Data Framework, a componente do projeto que concentra-se na promoção de condições favoráveis ao desenvolvimento de vínculos econômicos. Estamos alinhando o que é necessário para o design de um data framework para uma base de dados sobre as micro, pequenas e médias empresas do país.

O objetivo é melhorar os processos de integração e partilha de dados entre entidades públicas e privadas para fomentar o crescimento das empresas nacionais. O projeto envolve a concepção, acompanhamento da implementação e adoção de uma estrutura de dados para empresas, além do design de um banco de dados integrado aplicando padrões internacionais, com interoperabilidade e protocolos de dados abertos. Para saber mais sobre este projeto que vai gerar impacto social em Moçambique, veja o case aqui!

FONTE: Documento do projeto “Economic Linkages for Diversification”, Banco Mundial, 2021.

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