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Fintechs e novas formas de pagar: o fim das maquininhas?

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Recentemente, abordamos aqui no Blog da Caiena o impacto das fintechs na democratização do sistema financeiro. Essas empresas que geram inovação ao mercado de finanças têm potencial para desenvolver novos modelos de negócio, e suas ações refletem diretamente os novos hábitos dos consumidores, como as novas formas de pagar.

No passado, as principais transações do sistema financeiro eram feitas por meio de dinheiro físico ou Transferência Eletrônica Disponível (TED), Documento de Crédito (DOC), cheques, boletos… Hoje, até mesmo alguns cartões de crédito já são vistos como obsoletos. 

O avanço das fintechs e a criação de novas tecnologias para o sistema financeiro permitem que pagamentos sejam realizados com mais agilidade e segurança, independentemente da distância. 

Na Caiena, estamos acompanhando de perto como as tecnologias podem contribuir com a superação de desafios no sistema financeiro por meio do nosso projeto SME Data Framework, que está acontecendo junto ao Ministério da Economia e Finanças de Moçambique, com financiamento do Banco Mundial. 

Frente a este cenário cada vez mais digital, os bancos e empresas de inovação seguem oferecendo novas soluções que impulsionam o crescimento do sistema financeiro. Então, listamos aqui algumas das novas formas de pagar e como tem sido essa evolução do setor. Siga a leitura:

- O impacto da inovação para pagamentos no sistema financeiro

- Pix 

- Metaverso

- Pagamentos por aproximação - NFC

- É o fim das maquininhas?

Impactos da inovação para pagamentos no sistema financeiro

De acordo com o Panorama Tech América Latina, o Brasil representa um dos maiores mercados consumidores do mundo. Também é o quinto na lista entre os maiores números de usuários de smartphones, e o primeiro no ranking de crescimento de compras online. Esses fatores justificam os investimentos das empresas em inovação para o sistema financeiro. 

Também segundo o levantamento, as empresas brasileiras se posicionam a favor do uso de tecnologias para aprimoramento de seus serviços. A Fundação Getúlio Vargas concluiu que, em 2022, os negócios brasileiros gastaram R$45 mil em tecnologia por funcionário, e a projeção é que este valor aumente para R$50 mil. Entenda mais sobre essas novas tecnologias para pagamentos no sistema financeiro e como elas impactam na realidade brasileira.

Pix

Só tem no Brasil: este sistema de transferências instantâneas foi idealizado pelo Banco Central e entrou em atividade em 2020. A criação visa atender a variados casos de uso da população brasileira, e é definido como um método de pagamento multipropósito. 

Sendo assim, o Pix foi feito para estimular um ambiente competitivo, possibilitar a inclusão financeira e trazer mais transparência na prestação de serviços de pagamentos. Esta é uma tecnologia nacional, mas inspirada em métodos similares que funcionam em cerca de 50 países, como o MB Way, popular em Portugal, e o Faster Payments, usado no Reino Unido, conforme explica a publicação do Olhar Digital

No Relatório de Gestão do Pix 2020-2022, o Banco Central informa que em 2022 foram realizadas 2,9 bilhões de transações Pix. Já existem 133 milhões de pessoas usuárias e 11,9 milhões de empresas utilizando a tecnologia. Uma curiosidade: o maior Pix feito até dezembro do ano passado foi no valor de R$1,2 bilhão. E 93% das transações feitas por pessoas físicas por pix são de até R$200. 

O Banco Central explica que a popularidade da tecnologia está associada ao fato de a chave Pix possibilitar mais conveniência nos pagamentos que a inserção manual, uma vez que as transações utilizam apenas uma informação do usuário recebedor dos recursos. Elas também podem acontecer por meio da leitura de QR Code. 

Também segundo o Banco Central, o Pix tornou-se o instrumento de pagamento eletrônico mais utilizado no país, superando os cartões de crédito e de débito. Hoje, a tecnologia representa 33% do total de transações dos meios de pagamentos do varejo.

Metaverso

“Metaverso” é um termo que ganhou popularidade nos últimos anos nas discussões sobre tecnologia, e isso não ficou longe da realidade das fintechs. Essa possibilidade de integração do ambiente virtual ao real, por meio de recursos imersivos, também despertou a atenção do sistema financeiro. 

Para a Meta (antigo Facebook), uma das empresas entusiastas dessa tecnologia, o metaverso é mais uma opção para manter uma economia digital próspera e segura. Em pesquisa divulgada pela empresa, o metaverso poderá gerar um adicional de 3,6 bilhões de dólares para o Produto Interno Bruto norte-americano (GDP - Gross Domestic Product) até 2035.

A Meta também afirma que as empresas norte-americanas já estão utilizando o metaverso para aprimorar e criar novos fluxos de receita. Muitos negócios estão comercializando produtos por meio dessa solução virtual de conectividade, pois a tecnologia oferece uma nova experiência de experimentação da compra, como por exemplo as sobreposições virtuais de roupas e acessórios.

Todavia, há também quem diga que a época do metaverso já passou. Apesar de grandes empresas de consultoria e de tecnologia também terem apostado no sucesso do metaverso lá trás, projetos grandiosos, como do Google e da própria Meta, foram interrompidos. As companhias, incluindo a Disney, demitiram milhares de profissionais que haviam sido contratados para atender às demandas do metaverso. 

Os olhos do mundo voltaram-se para a inteligência artificial, e o metaverso foi deixado “de escanteio”. Todavia, especialistas não descartam a possibilidade do metaverso, um dia, se tornar uma tecnologia de impacto na sociedade.

“O metaverso é um processo para uma nova onda tecnológica que, um dia, entregará produtos. Mas o mercado, que ficou viciado em lançamento de celular, espera que cada evento de uma empresa de tecnologia esteja relacionado a um produto”. Carlos Affonso Souza, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio), em entrevista ao Estadão (“Por que o metaverso ‘flopou’ e a inteligência artificial vingou?”, publicado em 23/07/2023)

Mesmo diante deste cenário incerto, o desenvolvimento de novos recursos para pagamentos no metaverso já está sendo viabilizado para atender à demanda que possa surgir. Todavia, no report “Desbloqueando o potencial do metaverso”, realizado pela Visa, observa-se que um obstáculo para os pagamentos e gestão de ativos digitais nesta tecnologia é a falta de simplicidade. “As partes interessadas acreditam que os meios de pagamento terão de se adaptar a diferentes formatos de moeda no futuro (criptomoedas, moedas fiduciárias, CBDCs, etc.) para simplificar a experiência do usuário. E enfatizam que, para essas moedas, a disrupção virá na forma de interoperabilidade e novos métodos de rastreabilidade”, enfatiza o relatório.

Além disso, o levantamento destaca que os pagamentos pelo metaverso devem ser interoperáveis nos canais físicos e digitais, para atender aos usuários que querem realizar pagamentos com moedas fiduciárias e com carteiras descentralizadas. “No futuro, poderíamos ter uma plataforma descentralizada que permita classificar os pagadores ou vendedores com base em seu histórico. [..] Por outro lado, consumidores menos experientes confiam nas garantias oferecidas pelos bancos, fintechs conhecidas (como PayPal) e plataformas que consideram bem reguladas”.

Pagamento por aproximação - NFC

“É aproximação?”. Você já deve ter ouvido essa pergunta ao realizar um pagamento com a tecnologia NFC (Near Field Communication), seja por meio do cartão, smartphone, ou até mesmo com smart watch. 

De acordo com o “Balanço do setor de meios eletrônicos de pagamento”, da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), referentes à informações do primeiro trimestre de 2023, os pagamentos por aproximação somavam mais de R$190 bilhões no período. A quantidade de compras por aproximação chegou a 3,6 bilhões, e mais de 44% das compras presenciais com cartões foram feitas por aproximação no Brasil no começo do ano.

Em entrevista ao portal Exame, o diretor-executivo de soluções Visa, Alessandro Rabelo, observa que o uso da tecnologia NFC permitiu uma transformação no sistema financeiro em relação aos pagamentos eletrônicos, proporcionando agilidade comercial e segurança para as transações. 

Nas operações com essa inovação não há casos de invasão do sinal das antenas que possibilitam a realização da operação, dificultando fraudes. Além disso, o fato de os clientes não precisarem carregar o cartão físico ou ter contato com as máquinas para inserir o cartão e digitar a senha também são facilidades.

Além disso, em setembro deste ano, a Apple anunciou a chegada do seu serviço de pagamentos “Tap to Pay”, que possibilita transações por meio da aproximação de iPhones, sem necessidade do uso de equipamentos ou terminais de pagamentos adicionais, como as maquininhas. Com o Brasil, seis países já contam com essa possibilidade no sistema financeiro.

No mesmo período, a fintech PagBank anunciou uma tecnologia semelhante, que também possibilita o pagamento pela aproximação de celulares, mas desta vez para os sistemas operacionais Android, chamada “Tap On”, conforme divulgado pelo portal de tecnologia Tilt. Mas o diretor executivo de produtos de adquirência do PagBank, Angelo Aguilar, ressaltou que a empresa lançará a solução quando estiver totalmente completa. A empresa Cielo também divulgou a sua solução, batizada “Cielo Tap”

É o fim das maquininhas?

As novas tecnologias existem e estão se popularizando, mas o Brasil ainda enfrenta desafios para que isso se torne realidade entre seus 213 milhões de habitantes, segundo o IBGE. 

Para começar, de acordo com o Panorama Tech América Latina 2023, o país é uma das nações com mais smartphones do mundo, com média de 2,1 aparelhos por pessoa. Todavia, essa distribuição dos dispositivos móveis é desigual, logo, pessoas de classes sociais mais baixas não possuem aparelhos, ou possuem equipamentos de menor qualidade e mais dificuldade de acesso à internet, por exemplo. Este ano, uma das edições da Newsletter da Caiena foi sobre essa desigualdade digital do Brasil

Na ocasião, apresentamos dados da pesquisa TIC Domicílios, do NIC.br, que afirma que só 149 milhões de habitantes têm acesso à internet no país. Isso significa que muitos brasileiros estão offline, e não por opção, mas sim por condição.

Além disso, o levantamento “O Abismo Digital no Brasil”, da PwC Brasil, observa que fatores básicos influenciam essa desigualdade digital: deficiências da infraestrutura de conexão (problemas de amplitude, qualidade e distribuição do sinal), custo do acesso à internet e dos equipamentos, além de deficiências do sistema educacional.

Diante dessa realidade, tecnologias para pagamento como as maquininhas, bem como outros equipamentos que viabilizam as transações, devem se manter em uso por algum tempo, uma vez que atendem à grande parcela da população que ainda não dispõe de tantas ferramentas no dia a dia.

Ainda é importante ter em mente que, como indica o Panorama Tech América Latina 2023, 122 milhões de pessoas da América Latina não têm conta em banco. Mas a popularização das fintechs têm permitido que mais pessoas tenham acesso ao sistema financeiro. Prova disso é um dado compartilhado pelo Banco Central do Brasil, que desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, 22,7 milhões de pessoas abriram a primeira conta em banco, o que pode ter sido impulsionado pela democratização do acesso à internet ou também pela facilidade no acesso ao crédito. 

Como falamos no início, estamos acompanhando de perto como as tecnologias podem contribuir com a superação de desafios no sistema financeiro por meio do nosso projeto SME Data Framework, que está acontecendo junto ao Ministério da Economia e Finanças de Moçambique, com financiamento do Banco Mundial. 

No país africano, a conectividade dos negócios é bastante limitada, muito mais que no Brasil. Menos de 5% das empresas de Moçambique usam qualquer forma de solução digital para suas atividades comerciais. Na cidade de Beira, por exemplo, apenas 3% das empresas têm acesso a um computador, e menos de 2% utilizam a internet para negócios.

Neste contexto, a missão da Caiena é realizar a consultoria para o design de um framework para uma base de dados de micro, pequenas e médias empresas do país. Acesse o case e entenda mais sobre o projeto do SME Data Framework e seus impactos.

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